Tipos de meditação – Conheça os pilares e dicas para fazer sozinho

Conhecer os tipos de meditação é a melhor maneira de escolher aquele que se encaixa no seu estilo de vida pessoal e rotina, facilitando a adaptação e prática. Afinal, é preciso querer aderir a técnica.

Justamente por isso, nesse post, vamos detalhar mais sobre o ato de meditar como um processo individual, no qual se desliga do mundo e volta a sua atenção para si. Com isso, é possível se concentrar em coisas específicas, buscar soluções eficazes para um problema, bem como promover o autoconhecimento.

Tipos de meditação

Vale dizer que a meditação é uma técnica milenar que não é baseada em “não pensar em nada”. O objetivo aqui é desenvolver a sua capacidade de foco para direcionar sua concentração para aquilo que deseja. Com isso, garante uma série de benefícios importantes para a vida pessoal e profissional.

Boa leitura!

Quais os 4 pilares da meditação?

A princípio, vamos detalhar brevemente quais são os quatro pilares da meditação, ou seja, os pontos primordiais para conseguir atingir um resultado favorável em cada momento de aplicação. Aqui, quebramos a ideia de que basta sentar-se em um local confortável e fechar os olhos.

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Meditar é um estado alcançado através da:

Respiração

Para meditar, você precisa ter consciência do processo respiratório. Principalmente para atingir um estado de equilíbrio e atenção, já que é algo “automático”, que fazemos sem perceber.

Sendo assim, retomar a atenção sobre o fluxo respiratório permite que você respire melhor, relaxe profundamente os músculos, fique atento a inspiração/expiração e ao momento presente.

Concentração

Meditar é escolher se concentrar em alguma coisa. Ou seja, direcionar todo o seu pensamento.

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Dessa forma, escolha qual será o seu foco de atenção primordial para direcionar o seu pensamento. Alguns utilizam uma vela, outros um ponto físico, um cheiro ou a própria respiração. Esse ponto permite o desligamento de outros focos, que possam causar distração.

Autoconhecimento

Meditar eleva a sua consciência de si mesmo.

Assim, é neste instante que você se olha com mais atenção, observa suas falhas e conquistas, dificuldades, aprendizados, o que considera belo, etc.

Portanto, aproveite esse instante para promover uma autoanálise e substituir a reclamação por superação. Você não está no controle de tudo, mas pode controlar o que faz e como reage as coisas e pessoas. Não brigue consigo e com o ambiente, aprenda, observe e evolua.

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Presença

Meditar é estar no presente: não há passado ou futuro, apenas o agora.

Neste instante, você é capaz de desacelerar, observar e alinhar a si mesmo com o mundo, sendo mais coerente, relaxado e sereno. Aos poucos, esse pensamento é trazido para a vida, para a sua tomada de decisões. Tudo fica em sintonia e você entende quanto do sofrimento é resultado de remoer o que já foi ou tentar premeditar o que virá. 

Através dos 4 pilares da meditação, você começa a praticar de forma efetiva, sem buscar algo imediato e usufruindo dos instantes.

Quais as principais técnicas para meditar? Conheça os tipos de meditação  

Sempre que pensamos em técnicas para meditar, devemos considerar quais são as melhores estratégias para conseguir colocar essa prática na sua rotina. Dessa forma, você entende quais as principais vertentes e como atingir os seus objetivos.

A meditação é amplamente usada em parceria com uma série de estratégias. Inclusive, faz parte da medicina alternativa e das complementares, presentes no SUS.

Com isso, é indicada junto a tratamento de fisioterapia, na psicologia, psiquiatria, nutrição e mais. Em suma, impacta positivamente no âmbito físico, espiritual, mental, comportamento e psicológico.

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Diante de toda a história da meditação e sua adaptação ao longo dos anos, em diversas culturas, uma série de tipos foram se diversificando. Então, vamos destacar os mais praticados atualmente:

1# Zen ou Zazen

Um dos tipos de meditação mais conhecidos é o Zen. A técnica possui uma vertente minimalista com foco em alcançar tranquilidade e relaxamento. Por isso, é indicado praticar em locais amplo, sem objetos, com cores neutras e de silêncio. 

Nesse tipo o foco está na postura e na respiração. Ou seja, você deve ficar sentado com a postura completamente ereta, ombros alinhados, pescoço posicionado corretamente, sem abaixar ou levantar a cabeça.

O ideal é que as pernas fiquem cruzadas, mas você pode praticar sentado em uma cadeira ou almofado, com as pernas esticadas. A respiração deve ser mais natural.

2# Kadampa

A meditação kadampa é conhecida por ser praticada pelos budistas e possui um aspecto mais moderno. Inclusive, é nesse tipo que há um foco em transmitir ensinamentos importantes relacionados a vida. Como o estresse e ansiedade, valores, etc.

Simultaneamente, é uma técnica voltada para facilitar a sua tomada de decisões, reduzir os pensamentos negativos e elevar os sentimentos de amor, empatia e felicidade.

Aqui a postura é ereta, mas um pouco mais relaxada, foco na respiração e redução dos pensamentos. O Kadampa é famoso na vida moderna por indicara prática de 15 minutos por dia.

3# Vipassana

A Vipassana é um dos tipos de meditação que segue os ideais de Buda, sendo dividida em dois aspectos: samatha; concentrar e tranquilizar, e vipassana; desenvolvimento da visão clara, de observar a realidade.

Neste cenário, é mantida a posição meia lótus, melhorando a circulação sanguínea, e foco na respiração, bem como nas sensações corporais. Comumente são usados elementos naturais, como a água, aromas, ventos, etc.

4# Transcendental

Um dos tipos de meditação antigos é a Transcendental, de origem védica e focada em alcançar a base dos pensamentos. Ou seja, para atingir coisas mais profundas.

Justamente por isso, esse tipo de técnica prioriza o uso de um mantra individual e envolve algumas etapas, como a cerimônia, verificação e manutenção dos pensamentos. Logo, exige uma rotina mais cuidadosa.

5# Mindfulness

Se você começou a pesquisar sobre os tipos de meditação, é provável que tenha visto, em maior escala, a técnica mindfulness.

Em síntese, é uma técnica moderna e com foco na sua consciência. Dessa forma, propõe uma restauração do equilíbrio, ideal para lidar com o estresse diário, ansiedade, excesso de tarefas e horários atribulados, etc.

Ao mesmo tempo, propõe a retomada ada atenção, principalmente para as coisas que fazemos em “piloto automático”. Então, visa devolver o seu foco e atenção as coisas importantes enquanto relaxa e lida com as adversidades.

6# Raja Yoga

Famosa entre os públicos que praticam a meditação há alguns anos, com ensinamentos mais antigos, a raja yoga é focada no desapego.

Dessa forma, a objetivo aqui é que você consiga se desvincular dos pensamentos, barulhos, situações, objetos e coisas a sua volta, a tudo aquilo que é externo. Ao mesmo tempo, utiliza uma memória positiva para elevar o foco. Com isso, promove a quietude.

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7# Ho’oponopono

Entre os tipos de meditação, o ho’oponopono tem sua origem no Havaí e possui como foco o alcance da responsabilidade das coisas e do perdão. Além disso, é aqui que um dos mantras mais famosos são repetidos: “sinto muito, me perdoe, eu te amo e eu sou grato”.

Inclusive, esse mantra serve quando aplicado a você ou a terceiros. Com isso, promove o autoconhecimento, evolução, paz e felicidade. Além disso, atua no relaxamento físico, reduz a tensão, previne dores e traz seguridade.

O objetivo dessa técnica é fazer com que você se sinta mais seguro, estável, ético e menos violento.

Vale dizer que existem outros tipos de meditação e você pode escolher aquele com o qual se identificar.

Como um iniciante pode meditar sozinho?

Agora, chegamos a um tópico indispensável quando o assunto é meditação: praticar sozinho. Afinal, com a rotina, nem sempre é possível ir até uma aula ou mesmo fazer parte de grupos. Isso sem falar que nem todas as cidades possuem um local para praticar próximo de você.

Pensando nisso, separamos tudo o que você precisa saber para começar a praticar gradualmente, alcançando uma série de benefícios para o seu bem-estar.

1# Comece com períodos curtos

Se você é um iniciante da meditação, uma das regras para praticar é evitar os excessos. Frequentemente, dizem que se deve meditar por quinta minutos ou mesmo uma hora diária.

Porém, a realidade é que poucas pessoas fazem isso nos primeiros meses. Afinal, você ainda estará aprendendo qual o seu ritmo, posição, local de preferência ou mesmo o tipo de meditação que irá incluir na sua rotina.

Então, para evitar a frustração de “não conseguir se concentrar”, sentir sono ou mesmo deixar o cansaço abater a prática, comece com períodos curtos.

Inicialmente, a dica é praticar por 5 a 10 minutos. Quando sentir que esse tempo é “pouco”, aumente gradualmente, em torno de 5 minutos, e assim sucessivamente. Ao longo do tempo, você pode chegar a praticar por uma hora diário, mas não há problema nenhum em ficar com 10 minutos, o importante é que seja positivo para a sua vida.

2# Não foque em não pensar em nada

Uma das dúvidas que surgem quando o assunto é como um iniciante pode meditar sozinho é o que fazer com os pensamentos.

Na prática, o cérebro humano é entendido como uma máquina complexa que fica ligado o tempo todo, repleto de neurônios e conexões que geram sinapses. Ou seja, é um processamento contínuo. É por isso que a ideia de “não pensar em nada”, faz com que você tenha a sensação de estar “pensando em tudo”.

O mesmo ocorre quando você considere que não deve pensar em determinado assunto. Parece que só aquele pensamento surge. Na psicologia, isso é chamado de “pensamento intrusivo”, semelhante a um processo obsessivo.

Talvez você não saiba, mas esse tipo de pensamento é essencial para a sobrevivência. Por exemplo, os esquiadores profissionais relatam que, durante uma descida nas montanhas, pensam que “não podem bater em uma árvore”, com isso, prestam maior atenção ao caminho, desviam com mais facilidade e rapidez dos obstáculos, evitando acidentes.

Assim, na meditação, o objetivo não é ficar com a “cabeça vazia”, mas direcionar o pensamento para algo específico. Com isso, você resolve problemas, relaxa, desvia de algum tema desagradável e assim por diante.

3# Meditação guiada é uma boa alternativa

A meditação guiada é incrível para quem pratica algum dos tipos de meditação sozinho.

Em síntese, funciona como uma viagem direcionada. Ou seja, um guia diz o que você deve fazer e no que pensar. Isso auxilia, principalmente, aqueles que tem dificuldade em aderir a técnica sozinho, não conseguem relaxar ou mesmo respirar de forma ritmada.

Vale dizer que existem diversas maneiras e lugares para buscar a meditação guiada. Como vídeos no Youtube e apps para celulares. Como o Sattva, Medite.se, Aura, Smilling Mind, bem como podcasts.

4# Teste diferentes tipos de meditação

Se você já testou algum dos tipos de meditação, mas acha que não funcionou para a sua rotina, é hora de testar outra. Acontece que cada tipo tem vantagens e facilidades.

Por exemplo, se você tem ansiedade ou sintomas ansiosos, uma meditação “livre” pode não ser a melhor escolha. Então, prefira aquelas com um mantra, de curta duração e com ensinamentos práticos.

Já as pessoas com alto índice de estresse e tensão muscular, escolha tipos focados em relaxamento e técnicas de respiração que direcionam para o alívio da musculatura.

Do mais, a regra é testar por algum tempo, ver quais foram os efeitos na sua mente e corpo. Posteriormente, se preferir, comece a aderir a outra modalidade.

5# Não fique preso a uma única posição

Uma dica de como começar a meditar sozinho é não se prender a uma única posição, principalmente se você é uma pessoa sedentária ou trabalha por longas horas em uma mesma posição.

Tipos de meditação

Dessa forma, para aqueles que trabalham o dia todo sentado, praticar a meditação também sentado será desgastante. Justamente por isso, prefira uma posição mais confortável, como colocar almofadas nas costas e deixar as pernas esticadas.

Já para aqueles que ficam longas horas em pé, meditar sentado, com as pernas dobradas, poderá ser a melhor alternativa. Além disso, você pode usar uma cadeira, bancos, flexionar levemente os joelhos, deixar com as mãos apoiadas no estomago ou esticadas nas laterais do corpo e assim por diante.

Enfim, para saber mais, conferir dicas e marcar a sua consulta online com os melhores profissionais, conheça a nossa aba Fepo Psicólogos ou acesse o nosso blog. Para os amantes de redes sociais, nos siga no Instagram.

Felipe Laccelva

Felipe Laccelva

Psicólogo formado há mais de dez anos, fundador e CEO da Fepo. Fascinado pela Abordagem Centrada na Pessoa, que tem a empatia como eixo central para transformar o ser humano. Sempre buscou levar a psicologia para mais pessoas e dessa forma criar um mundo mais saudável e acolhedor.

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