Alprazolam – Um medicamento, muitas dúvidas: confira as respostas

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O alprazolam foi desenvolvido e patenteado pela Upjohn Company na década de 70. Mais tarde, a companhia se tornaria parte da Pfizer. A medicação é derivada da benzodiazepina e começou a ser estudada com foco em pacientes ansiosos, uma forma de tratamento experimental.

Assim, a estreia no mercado aconteceu só em 81 com a marca Xanax no cenário americano e Frontal aqui no Brasil.

Semelhante a outros medicamentos do mesmo ramo, atua no Sistema Nervoso Central, provocando uma série de reações esperadas, como a redução dos reflexos.

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Na psiquiatria, não é incomum conhecer uma série de medicamentos distintos e, se você teve algum diagnóstico, pode estar na fase inicial de teste. Ou seja, ainda se adaptando e descobrindo qual deles é o melhor para o seu caso, considerando suas necessidades.

Então, aqui você terá uma visão mais clara sobre esse fármaco, conhecendo os diversos efeitos, se existem riscos e diferença com o principal concorrente do mercado, o Rivotril.

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Para que serve alprazolam?

Primeiramente, vamos ao uso. Conforme as informações encontradas na bula, o alprazolam serve justamente para aquilo que foi criado inicialmente, durante as pesquisas e desenvolvimento.

Dessa maneira, é usado para três condições: Transtorno de Ansiedade, Síndrome do Pânico e quando existem condições associadas ao Transtorno de Ansiedade, como abstinência.

Na prática é um ansiolítico comercial comum e amplamente usado em casos específicos. Já que reduz os sintomas que interferem na baixa qualidade de vida.

Assim como outros, trata o distúrbio e forma “calmante”, tendo a ação de tranquilizar. Como resultado, provoca outros benefícios, melhorando a qualidade do sono, por exemplo.

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Entretanto, mesmo com sua ação rápida em crises, o alprazolam não é um dos mais usados em todos os casos, sendo uma alternativa para momentos de iniciais de controle, crise ou quando há outras complicações

Isso ocorre devido as reações observadas com o uso de longo prazo, com destaque para a dependência. O que é um problema. 

Faz mal tomar alprazolam?

É importante destacar que o remédio não foi fabricado com o intuito de causar qualquer mal, mas de garantir controle ao transtorno de ansiedade.

Porém, os efeitos colaterais são um desafio, o que exige ao paciente compreender melhor o quadro e o uso de fármacos.

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Em resumo, atua como outros, no Sistema Nervoso Central, provocando uma ação tranquilizante ou calmante, como uma sedação.

Os efeitos costumam ser rápidos e, por isso, é mais usado em casos graves. Em algumas situações, a medicação pode ser incapacitante, gerando uma certa frustração e angustia no paciente.

De acordo com Pamela Alejandra Saavedra, farmacêutica do Conselho Federal de Farmácia, o efeito pode ser intolerável e, por isso, a principal recomendação de uso é para o início do tratamento. Principalmente quando há quadros de depressão e fobias aliadas a ansiedade ou pânico. Bem como quadros em que há abstinência ao álcool.

Sob nenhuma hipótese, esse medicamento pode ser usado com consumo de bebidas alcoólicas, já que pode agravar os efeitos comuns, causando reações adversas, desde coma a convulsões. Como o efeito começa em torno de duas horas após a ingestão, é indispensável cuidado.

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Dessa forma, podemos dizer que o medicamento não faz mal quando for uma recomendação profissional e todas as previdências forem tomadas.

Mas, se for medicada sem acompanhamento ou os cuidados não forem tomados, é um remédio que pode causar complicações.

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Qual a diferença entre Rivotril e alprazolam?

Diante de todos os fármacos disponíveis no mercado, muitos pacientes ficam na dúvida sobre qual é mais eficiente, qual apresenta menor gama de efeitos colaterais ou qual é a melhor opção.

Entretanto, a realidade é que cada caso deve ser avaliada por um profissional de forma cuidadosa. Assim, são considerados os transtornos do paciente, qual a gravidade dos sintomas e as necessidades especificas. Só então, são considerados os melhores medicamentos a serem administrados.

Além disso, existem casos em que é preciso trocar a medicação. Seja decorrente dos efeitos colaterais ou porque os resultados não saíram conforme o esperado.

Diante desse cenário, tanto o Rivotril quanto o Alprazolam fazem parte da classe dos benzoadiazepínicos. Nesta classe encontrados outros, como o Diazepam e lorazepam.

Então, são remédios distintos e, conforme o quadro do paciente. Um deles pode ser indicado.

Na prática, o Rivotril e Alprazolam são indicados para quadros de ansiedade e síndrome do pânico. O Rivotril também é o mais usado em casos de ansiedade social e acatisia, um quadro de inquietação extrema.

O grande diferencial desses dois remédios é que o alprazolam é indicado para casos extremos e ministrado em crises. Já o Rivotril é usado de forma contínua. Isso acontece por ser menos viciante.

A ação do alprazolam é rápida, com um pico capaz de reduzir os efeitos da crise e com uma meia vida média de oito horas. O Rivotril, demora mais para fazer efeito, mas tem uma meia vida mais longa.

Em relação aos efeitos, ambos causam a sedação e relaxamento, além de serem ansiolíticos e anticonvulsionantes.

Portanto, uma forma fácil de entender a diferença é considerar o Alprazolam um remédio para situações emergenciais e o Rivotril como uma medicação mais permanente.

Então, não se trata de uma opção ser melhor que a outra, mas de cada uma ser direcionada para um objetivo.

De qualquer maneira, a psicoterapia sempre deve fazer parte da rotina de qualquer indivíduo que visa melhorar a qualidade de vida. No caso daqueles que tomam remédios controlados, isso é ainda mais imprescindível.

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Quanto tempo o alprazolam vicia?  

A sua ação rápida traz uma outra questão à tona: o vício.

Justamente por isso, os profissionais costumam recomendar o alprazolam por períodos curtíssimos de tempo, com acompanhamento clínico e avaliações durante esse processo.

Clinicamente, não há um período “chave” no qual pode-se afirmar que o fármaco causa vício. Mas, após 40 dias de uso diário, já é possível notar alguns sinais da abstinência, ao parar a ingestão.

Além disso, podemos destacar que a continuidade no uso que eleva o risco da dependência.

Por exemplo, a maior parte dos profissionais recomenda o alprazolam unicamente para momentos de crise de ansiedade ou pânico demasiadamente graves. Logo, é comum que o uso não seja contínuo. Ainda que possa ocorrer dependendo do estado do paciente.

De qualquer forma, a recomendação é sempre ter cautela e seguir as recomendações do seu psiquiatra. Caso tenha outras queixas e dúvidas, converse com um terapeuta e veja maneiras de controle além da medicação.

Quais são os sinais de alerta?

Os medicamentos que podem causar vícios apresentam sintomas semelhantes à de quaisquer outras drogas ou mesmo do álcool. Portanto, se notar esses sinais, o ideal é conversar com o médico que acompanha o seu caso rapidamente, para definirem outro caminho a ser seguido.

Esses sinais costumam aparecer quando há uma parada no consumo, então fique atento a:

  • Sudorese excessiva;
  • Mudanças no comportamento;
  • Irritabilidade;
  • Salivação em excesso;
  • Tontura e náuseas;
  • Vômitos e/ou diarreia;
  • Taquicardia;
  • Fadiga;
  • Sensação de pânico;
  • Crises ansiosas;
  • Sintomas depressivos;
  • Agitação, etc.

Existem contraindicações?

Primeiramente, todos os remédios devem ser usados com indicação médica, seguindo os cuidados recomendados e sempre informando se houver qualquer problema.

Ao mesmo tempo, nunca deve ser administrado com foco em efeitos recreativo, já que podem trazer riscos para a saúde.

De qualquer forma, a contraindicação principal é para pessoas que tenham alergias ao remédio ou outros com composição semelhante.

Além disso, pacientes com glaucoma ou miastenia gravis devem ingerir outras opções.

Precauções

O alprazolam exige alguns cuidados básicos. Por isso, converse com o seu médico e informe corretamente todo o seu histórico. Isso envolve sintomas, outras doenças, tratamentos anteriores ou que estão em andamento, etc.

Ademais, os pacientes podem ter sensibilidade a retirada e casos de depressão devem ter o dobro de cuidado, já que podem haver episódios de mania e hipomania.

Em casos de histórico de ideação ou tentativas suicidas, suspeita de gravidez ou indivíduos que operam máquinas/veículos, o início do tratamento ou parada deve ser acompanhada de perto.

Efeitos colaterais

Entre os efeitos que o alprazolam podem causar está a sonolência. Esse relaxamento é esperado, já que muitos pacientes se queixam de insônia, mas pode ser um problema para alguns, principalmente no início.

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Outros tópicos possíveis que você pode sentir, incluem:

  • Sintomas depressivos;
  • Tonturas;
  • Sensação de sedação;
  • Alterações na memória;
  • Boca seca;
  • Constipação;
  • Irritabilidade;
  • Alterações no humor;
  • Cansaço;
  • Alterações na fala (lentidão);
  • Problemas com a coordenação motora, entre outros.

Dúvidas comuns

Por fim, separamos algumas das principais dúvidas que os pacientes tem ao começar o tratamento com essa medicação e outros benzodiazepínicos do mercado.

O alprazolam engorda?

Todos os medicamentos podem causar alterações no apetite ou no metabolismo. Por isso, há o risco de alterações no peso. Seja engordar ou emagrecer.

Assim, o alprazolam pode engordar alguns pacientes ou mesmo causar uma redução no peso. Em ambos os casos, é preciso ter cuidado com essas mudanças e ficar atento a alimentação.

Justamente por isso, é essencial manter uma dieta equilibrada e observar a forma como o seu organismo reage ao remédio.

Qual o tempo médio indicado para uso?

Não existe exatamente uma regra do quanto tempo deve-se usar esse fármaco. Entretanto, alguns especialistas apontam que o ideal é chegar ao máximo de quatro semanas. Em alguns casos, o tratamento pode durar meses.

Ou seja, o tempo médio considere as necessidades a gravidade do quadro de cada paciente.

Cabe destacar que nenhum benzodiazepínico deve ter interação com bebidas alcoólicas. Logo, ao começar o uso, o paciente deve evitar qualquer uma dessas bebidas já que “provocam” o sistema nervoso central.

Quais os riscos dos fármacos associados a bebidas alcoólicas?

Consumir o alprazolam ou qualquer outro medicamento da mesma classe com bebidas alcoólicas pode significar um risco a vida do paciente. Entre os principais perigos estão:

  • Aumenta o risco de dependência;
  • Eleva os riscos de overdose;
  • Pode aumentar as chances de desenvolvimento de distúrbios mentais;
  • Causa descontrole emocional;
  • Reduz as habilidades mentais, como raciocínio e cognição.

Quanto tempo demora para sentir os efeitos?

O tempo de vida desse remédio é curto, ou seja, faz efeito rápido e tem uma duração menor, em média de oito horas.

Geralmente, os principais sinais de sonolência e relaxamento, começam a ser notados entre 15 a 30 minutos após a ingestão. Alguns podem sentir o efeito antes e outros chegar a uma hora.

Justamente por isso, é indispensável escolher cuidadosamente o momento de uso e evitar atividades que possam colocar a vida em risco.

Na prática, isso significa não operar nenhum tipo de maquinário, veículos ou itens cortantes, como serras, furadeiras, etc.

Se vicia e não pode parar o uso de forma brusca, como o tratamento é finalizado?

O alprazolam tem um efeito de vício rápido, daí o cuidado com o tratamento e uso apenas sob orientação/condições específicas.

Entretanto, os efeitos positivos são relevantes para alguns pacientes, a fim de evitar complicações no quadro e crises graves. Ou seja, mesmo com esse efeito, é a melhor solução para alguns.

Neste cenário, a parada no tratamento é acompanhada pelo médico, que vai indicar os passos que você deve seguir. Em muitos casos, inicia-se a redução na dosagem e posterior troca de medicação.

Em outras palavras, ao longo das semanas, são reduzidas as dosagens até chegar a zero. Isso vai ajudar a evitar os sintomas de abstinência que podem ocorrer.

Qual a diferença entre alprazolam e clonazepam?

Mesmo com nomes parecidos, esses dois fármacos são diferentes e possuem ativos distintos, bem como diferentes propriedades, características e dosagens.

Portanto, não são equivalentes, ainda que ambos façam parte da mesma classe.

Em resumo, o clonazepam é comumente usado no controle de convulsões e de maneira mais longa, tendo um efeito viciante reduzido.

Esse fármaco altera a libido?

Existem pacientes que relatam uma redução na libido após o início do tratamento. Mas não é uma regra.

Desse modo, é possível que os medicamentos dessa classe desencadeiam disfunções, como redução no apetite sexual e problemas na ejaculação. Isso afeta em torno de 6 a 14% dos casos.

Caso ocorra com você, converse com o seu médico sobre possíveis trocas ou medidas a serem tomadas.

Enfim, para saber mais, acompanhe o Blog Fepo ou entre em contato no botão “agendar sessão” para começar o seu cadastro para um atendimento de qualidade, online e onde estiver.

Transtornos de ansiedade e sistema nervoso central

Esse tipo de medicamento é um produto que possui substância que pode causar dependência química, assim é importante ter um suporte de um profissional de saúde, um médico, para que possa analisar qual a dosagem dos comprimidos é o ideal e sua interação medicamentosa. É comum algumas pessoas procurarem o farmacêutico das farmácias, mas essa não é a função deles, é preciso acompanhamento médico.

Felipe Laccelva

Felipe Laccelva

Psicólogo formado há mais de dez anos, fundador e CEO da Fepo. Fascinado pela Abordagem Centrada na Pessoa, que tem a empatia como eixo central para transformar o ser humano. Sempre buscou levar a psicologia para mais pessoas e dessa forma criar um mundo mais saudável e acolhedor.

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